
Nada melhor do que começar o ano a experienciar algo novo. Já confessei aqui o quão duro e exigente foi o ano passado, por tudo aquilo a que me propus fazer mais uma série de outros desafios pessoais e profissionais fora do atelier. Algo de que senti muita falta foi testar coisas novas, fora daquilo que habitualmente faço e sem objetivos concretos e timings a cumprir. Desta vez, pus mãos à obra de forma autodidata numa técnica chamada Quilt.


Esta técnica surgiu na Europa medieval e foi trazida para as Américas pelos colonos europeus. Foi muito usada pelas mulheres nos Estados Unidos durante a Guerra Civil como forma de economizar material reaproveitando retalhos de tecidos e, desde então, tornou-se uma forma de arte e artesanato popular em todo o mundo.
Geralmente, ela consiste em juntar três camadas de tecido (topo, enchimento e fundo) para formar uma manta ou cobertor, mas também pode ser usada para criar peças de arte/decoração, prescindindo do enchimento e continuando a ser uma interessante forma de dar uso a desperdícios de tecidos.

Para o nosso primeiro “quilt”, começámos por definir a área total que iria ocupar; depois, desenhamos no seu interior uma composição de áreas, às quais atribuímos um tecido / cor. Transferimos o desenho para outro papel (deveríamos ter usado o lado inverso para que o resultado final não ficasse reflectido…) e recortamos cada pedaço depois em tecido juntando o valor de costura. Depois, é só ir costurando, juntando todas as peças como num puzzle.




É uma técnica trabalhosa e demorada mas gratificante no final, quando vemos tudo no seu lugar. Mal posso esperar por fazer uma nova experiência, quem sabe, juntando a estamparia manual em tecido!



